Na categoria motos, a mais internacional de todo o 19º Rally dos Sertões, o piloto francês Cyril Despres, da equipe KTM Red Bull Factory Team, saiu vitorioso da difícil competição que percorreu 4.041 quilômetros por cinco estados do Sertão brasileiro, entre as cidades de Goiânia (GO) e Caucaia (CE). A edição de 2011, que teve mais de 90% do traçado inédito e mais de dois mil quilômetros de especiais, foi a mais difícil de todas já realizadas e passou por Goiás, Maranhão, Tocantins, Piauí e Ceará.
A KTM levou a prova pela nona vez desde o início da competição, no ano de 1993. Entre os pilotos vencedores estão Gilmar dos Anjos (94), Heinz Kinigadner (98), Jean Azevedo (2000, 2004 e 2005), Zé Hélio (2003), Cyril Despres (2006 e 2011) e Marc Coma (2010). Com o resultado, a marca austríaca é de longe a maior vencedora do Rally dos Sertões na categoria motos.
Além de ser o mais difícil de todos, o Sertões 2011 foi com certeza o mais disputado da história. A batalha pelo primeiro lugar entre Despres e o brasileiro Felipe Zanol não tem precedentes e durou até a última etapa. Nas quatro primeiras etapas, os brasileiros mandaram muito bem nos trechos mais travados, com mais referência e navegação, coisa que os gringos não estão acostumados. Só para comparar, a cada 1 km do Sertões temos cinco referências (aproximadamente), já no Dakar é apenas uma referência para cada 5 km.
Entretanto, as palavras de Dimas Mattos (piloto ASW BMT e campeão na categoria Over 45 em 2011) muito antes de começar a competição foram concretizadas. “Depois das quatro primeiras etapas as KTM´s dos gringos vão começar a voar, podem apostar. As etapas seguintes terão trechos mais abertos e com velocidade máxima mais alta”. Falou e disse. Foi exatamente o que aconteceu. Na quinta etapa, a primeira da etapa Maratona, Zanol tomou um rola e com isso Despres se lançou na frente. Porém, sem desistir, o piloto mineiro tirou uma diferença gigantesca na sexta etapa e finalizou o trecho apenas quatro centésimos atrás do francês da KTM, o que mostrou sua garra e vontade de vencer.
Contudo, assim como disse Dimas, na sétima etapa havia uma reta de 14 km de extensão, onde a motocicleta de Despres atingiu mais de 180 km/h, enquanto que a Honda CRF 450X preparada pela Brasil Moto Tour atingiu “apenas” 160 km/h na terra. A diferença de equipamento foi gritante, mas mesmo assim o piloto mineiro lutou até o fim e terminou a prova somente quatro minutos atrás do grande campeão. Isso mostra no mínimo a garra e a vontade do mineirinho levar o título em sua segunda participação no segundo maior rali do mundo.
E o terceiro colocado na classificação geral, e campeão da categoria production, Dário Júlio fez o mesmo caminho de Zanol. Ambos correram juntos em Enduro e começaram no rali ano passado. “O Sertões é uma prova que acompanho há muitos anos, desde 1999 quando comecei no enduro de regularidade. Sempre gostei, mas acompanhava de longe, admirando. Comecei na prova junto com o Zanol, que é um grande amigo, no ano passado. Fico satisfeito e orgulhoso de estar no pódio com duas feras desse nível”, comemorou Dário.
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Fonte:
Equipe MOTO.com.br
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